Na data de hoje (14/10), a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Combate a Estelionatos do Departamento de Investigações Criminais da Capital (DCE/DIC), deflagrou a operação “Central Fantasma” em São Paulo com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no chamado “golpe da falsa central de banco”.
O golpe ocorre quando criminosos se passam por funcionários de instituições financeiras e, com aparência de legitimidade, induzem as vítimas a acreditar que há uma fraude em suas contas. Sob esse pretexto, orientam-nas a fornecer senhas, instalar aplicativos de acesso remoto ou realizar transferências para contas controladas pelo grupo criminoso.
Foram expedidos 11 mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão, os quais foram cumpridos em São Paulo, Guarulhos e Bertioga. Até o momento, quatro suspeitos foram localizados.
As investigações tiveram início em julho de 2024, após uma vítima de Florianópolis sofrer prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil. A partir das diligências, foi possível identificar os responsáveis pelo golpe, todos residentes no estado de São Paulo, bem como outros integrantes da organização criminosa, que praticavam a mesma fraude.
Os levantamentos financeiros apontaram que o grupo movimentou mais de R$ 25 milhões em três anos, utilizando empresas de fachada para ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores, que eram convertidos na aquisição de veículos, imóveis e artigos de luxo. Estima-se que a organização criminosa tenha feito mais de 200 vítimas em todo o país.
Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços ligados aos investigados, bem como determinados bloqueios judiciais de até R$ 14 milhões por investigado (pessoa física e jurídica), indisponibilidade de imóveis, sequestro de veículos e apreensão de bens de alto valor, como joias, relógios roupas de grife e perfumes importados.
Durante a operação, foram arrecadados aparelhos celulares dos investigados que subsidiarão a continuidade das investigações. Também restaram apreendidos aproximadamente R$80.000,00 em espécie e um veículo HONDA/HRV.
Os investigados responderão pelos crimes de fraude eletrônica (art. 171, §2º-A, do Código Penal), associação criminosa (art. 288) e lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/98). A ação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, por meio da Delegacia de Capturas.
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