Nesta sexta-feira (20), a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio das Delegacias de Polícia de Mafra e de Rio Negro, com apoio da Polícia Militar de Rio Negro, da Polícia Científica de Mafra e da Polícia Rodoviária Federal, deflagraram a operação “Baptizare”, para cumprir dezenas de mandados de prisão e de busca e apreensão contra uma organização criminosa responsável pelo fornecimento de droga para cidades das regiões sul do Paraná e norte de Santa Catarina. A operação contou com a participação de 130 policiais das instituições envolvidas.
As investigações, realizadas por meio de dois inquéritos, um da Divisão de Investigação Criminal da Delegacia de Mafra e outro da Delegacia de Rio Negro, apuram as práticas criminosas realizadas por 60 pessoas e resultaram nos mandados judiciais cumpridos nesta sexta-feira (20).
Na ação, foram encontradas e apreendidas diversas provas que confirmam a tese apontada durante oito meses de investigação. Foram executadas também 17 prisões temporárias e lavrados quatro autos de prisões em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas, posse ilegal de munições e posse de animais silvestres.
As apurações demonstram que pessoas de uma mesma família, residentes do município de Campo do Tenente, no Paraná, organizaram uma verdadeira “empresa familiar ” que atua com o comércio de drogas como cocaína, crack e maconha.
O nome da operação, “Baptizare”, faz referência ao fato de que a organização criminosa acrescentava diversas outras substâncias químicas, nocivas à saúde, inclusive ácidos, “batizando” a cocaína para baratear a produção da droga e proporcionar mais lucro. Estima-se que, somente no ano passado, a organização criminosa movimentou quase R$ 2 milhões com o tráfico de drogas.
Além dos investigados da família de Campo do Tenente, foram presas pessoas em Rio Negro, Mafra, Jaraguá do Sul e Itajaí, que eram associados ao bando e realizavam venda de droga nestas cidades. Também foram presos dois indivíduos que eram responsáveis apenas pelo transporte da droga entre os pontos de distribuição e venda.
São apurados nas investigações os crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas há suspeita de que o bando tem envolvimento em homicídios ocorridos na região. Além disso, o homem apontado como chefe da quadrilha está preso desde fevereiro deste ano e possui extenso histórico policial como autor de crimes como homicídios, posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.
Ao final das diligências, os presos foram encaminhados para as delegacias dos locais onde foram capturados para interrogatório e, em seguida, para unidades prisionais de Itajaí, Rio Negro e Mafra.
Nos próximos dias será dada continuidade na instrução dos inquéritos que investigam a organização criminosa, sendo os procedimentos policiais posteriormente remetidos ao Ministério Público para abertura da competente ação penal.
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