A Polícia Civil de Santa Catarina tem investido em tecnologia e qualificação policial para combater fraudes eletrônicas, modalidade de crime que vem crescendo nos últimos anos em todo o país. Em SC, a Delegacia de Defraudações da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DD/CEIC) mantém uma rotina intensa de investigações para identificar autores, buscar provas e indícios, sequestrar bens de criminosos e buscar a devida punição legal para os autores deste tipo de crime.
Para se ter uma ideia dos resultados alcançados pela Delegacia de Defraudações, apenas em 2024, em duas grande operações, foram cumpridos 91 mandados de busca e apreensão e outras 119 medidas cautelares. Importante ressaltar que o mandado de busca é um instrumento jurídico que permite a coleta de provas e indícios que dão robustez ao inquérito policial.
A primeira operação de 2024 denominada “Conta Limpa” trata-se de uma investigação de furto mediante fraude eletrônica em os criminosos invadiam as contas de clientes por meio de “phishing”, prática que consiste na “pescaria de dados pessoais” na internet.
Após obtenção do login e senha do cliente, os autores acessavam a conta realizando a venda de todos os “ativos em renda fixa”, auferindo os lucros em outra “conta laranja” que participava da operação de mercado, deixando o prejuízo para a conta invadida, sendo a conta da vítima zerada. O prejuízo apurado inicialmente ultrapassa R$ 2 milhões apenas em Santa Catarina.
Com o apoio das polícias civis de São Paulo e Rio de Janeiro, participaram da operação 90 policiais civis e foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão na Grande Florianópolis, Imbituba, Araranguá, São Paulo e Rio de Janeiro. As investigações prosseguem para identificar os demais envolvidos na prática criminosa e rastrear os valores subtraídos.
A segunda importante ação foi denominada Falso Advogado, operação da DD deflagrada no Ceará, no dia 22 de fevereiro, quando foram cumpridos 57 mandados de busca e apreensão na Região Metropolitana de Fortaleza, visando identificar e colher provas de organização criminosa que se passava por advogados e entravam em contato com vítimas em Santa Catarina. O prejuízo às vítimas apenas em SC pode chegar a R$ 3,5 milhões.
No contato com as vítimas, os falsos advogados prometiam a liberação de valores em ações judiciais de precatórios e solicitavam pagamentos de taxas e emolumentos e, após o pagamento desses valores, suspendiam o contato com as vítimas, as quais acabavam no prejuízo.
A seguir o delegado Leonardo Silva, titular da Delegacia de Defraudações comenta os bons resultados da especializada e dá dicas para as pessoas se protegerem.
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