A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Proteção Animal do Departamento de Investigação Criminal da Capital (DPA/DIC), em operação conjunta com a Diretoria de Bem-Estar Animal – DIBEA de Florianópolis, prendeu em flagrante um homem pelo crime de maus-tratos qualificado contra cão, majorado pela morte do animal, em razão da negligência no atendimento médico-veterinário, no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis/SC.

O procedimento flagrancial teve origem em operação policial, após pedido de apoio da DIBEA, em razão do recebimento de denúncias e imagens dando conta de que o responsável não resguardava adequadamente os animais em hospedagem, sendo que, após o ataque de cães, que não pôde ser evitado porque os animais estavam sozinhos, não levou canídea idosa, gravemente ferida, a atendimento médico-veterinário, de forma que ela veio a óbito.

A cachorra que veio a óbito era do próprio responsável pela hospedagem, sendo que o tutor não procurou sequer a DIBEA para auxílio gratuito, o que denota sua extrema negligência com relação aos cuidados com o animal e caracteriza maus-tratos do ponto de vista médico-veterinário. Os demais cães envolvidos no ataque foram retirados do local e entregues aos seus responsáveis, e também serão monitorados.

No que tange aos outros cães da hospedagem, foi efetuada notificação para que seja resguardado o bem-estar desses animais, em especial porque alguns apresentavam secreções nos olhos, lesões na boca e um com tumor, bem como cães derivados da raça pitbull devem ser castrados, nos moldes da Lei Estadual nº 14.204/2007, o que será devidamente acompanhado pelo órgão de bem-estar animal, inclusive com atendimento médico-veterinário.

Ainda, oficiou-se ao Conselho Regional de Medicina Veterinária – CRMV para conhecimento e providências na esfera administrativa, pois a hospedagem necessita de regularização, em especial com responsável técnico médico-veterinário para resguardar o bem-estar dos animais.

Formalizado o procedimento criminal na Central de Plantão Policial da Capital, o preso permaneceu à disposição do Poder Judiciário.