Na manhã desta quarta-feira (07/05), a Polícia Civil de Santa Catarina prestou apoio à operação “Krypteia”, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos da PCRS tem o objetivo de desarticular uma complexa organização criminosa especializada em estelionatos, falsificação de documentos, invasão de dispositivos informáticos, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e lavagem de capitais.
No total, foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão nos municípios de Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Charqueadas, Arroio dos Ratos, Florianópolis/SC, São José/SC, Palhoça/SC, Criciúma/SC e Rio de Janeiro/RJ.
Além da PCSC, a operação contou com o apoio também da Polícia Civil do Rio de Janeiro e Polícia Civil de Santa Catarina, da Polícia Penal gaúcha e demais órgãos especializados da própria Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
Modus Operandi e Operação Krypteia
A investigação começou após uma vítima, em Gravataí, relatar ter comprado uma VW/T-Cross por R$ 80 mil via Facebook e descobrir no DETRAN que o veículo era roubado. O carro original havia sido furtado dias antes em Porto Alegre. As investigações revelaram um esquema criminoso liderado por um detento condenado a mais de 70 anos, que comandava a operação de dentro de uma penitenciária gaúcha.
O grupo adquiria veículos furtados no RS e SC, clonava e adulterava os sinais identificadores, e, com a ajuda de um estudante de tecnologia no RJ, acessava ilegalmente o sistema .GOVBR para obter documentos dos veículos originais. Os carros clonados eram então vendidos online por preços atrativos. Após a compra, as vítimas recebiam documentos aparentemente legítimos, mas descobriam a fraude na vistoria do DETRAN.
Os valores obtidos eram lavados por uma célula financeira em SC, que usava empresas de fachada para ocultar os lucros e repassá-los à organização criminosa.
No total, a operação “Krypteia” mobilizou mais de 120 agentes dos estados envolvidos. Foram apreendidos celulares e documentos que ajudarão na comprovação dos crimes. O nome da operação remete à força espartana que atuava nas sombras, em alusão à natureza oculta e sofisticada da organização desarticulada. Mais informações devem ser solicitadas à PCRS.
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