A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Polícia da Comarca de Itaiópolis, deflagrou, na quarta-feira (10/09), a operação “Marca de Ferro”, que resultou na prisão de três integrantes de uma associação criminosa armada responsável por furtos de gado na região de Itaiópolis e na interdição de um frigorífico clandestino.
A investigação, iniciada em agosto de 2025, apurou crimes de furto qualificado (abigeato), associação criminosa armada, posse ilegal de arma de fogo e receptação. O trabalho policial começou após um produtor rural da localidade de Rio Vermelho encontrar os restos de um bovino de alto valor genético, com quase 500kg, abatido em sua propriedade. O crime foi registrado por câmeras, que mostraram o modo de atuação do grupo.
O esquema criminoso
As imagens revelaram que, horas antes do crime, em 1º de agosto, um vizinho da vítima marcou o portão da propriedade com um saco plástico, sinal utilizado para indicar o alvo aos executores. Durante a madrugada de 2 de agosto, quatro homens chegaram a pé: um deles armado com espingarda, outro com uma serra de açougueiro e dois vestidos com roupas camufladas. O grupo abateu o animal no pasto e utilizou um veículo VW/SpaceFox para transportar a carne furtada.
As análises e cruzamentos de dados de inteligência permitiram identificar três dos quatro executores, o motorista do carro de fuga e outros suspeitos de prestar apoio logístico. A apuração também demonstrou que o grupo criminoso realizava previamente o reconhecimento das áreas rurais.
Fase ostensiva
Com os elementos reunidos, a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (10/09). A ação resultou na captura de suspeitos e na descoberta de um frigorífico clandestino, que, segundo os indícios, recebia a carne furtada.
Os presos foram interrogados e encaminhados ao Sistema Prisional, onde permanecem à disposição do Poder Judiciário. As investigações continuam para capturar um foragido e identificar outros colaboradores e receptadores da carne.
Além dos crimes de associação criminosa e abigeato, os responsáveis pelo frigorífico também poderão responder por falsificação de selos sanitários e delitos contra as relações de consumo, caso confirmados pela perícia.