A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR/DIC Criciúma, concluiu a investigação que apurou um golpe conhecido como “sextorsão”. A vítima foi ameaçada por conta de troca de fotos íntimas com uma suposta menor de idade. Os criminosos simularam ser agentes públicos e exigiram pagamentos em dinheiro para encerrar um suposto inquérito policial, que resultou em grande prejuízo financeiro.
Após diligências, a equipe da DRR/DIC Criciúma identificou um esquema criminoso articulado. Os valores pagos pela vítima foram depositados/transferidos para contas de quatro mulheres, que atuaram como “interpostas pessoas” (laranjas), repassando os recursos a outros destinatários.
Cinco mulheres com residências no Rio Grande do Sul tiveram suas participações identificadas, com recebimento de valores extorquidos e posterior remessa para outras contas. Em algumas situações, a movimentação financeira indicou características de “conta de passagem” e lavagem de dinheiro, com saques em espécie para dificultar o rastreio. Ainda, dois homens tiveram seus envolvimentos definidos pela investigação. A dupla masculina tem histórico de passagem pelo sistema prisional do Rio Grande do Sul.
A investigação demonstrou que alguns dos destinatários finais dos valores estiveram presos em uma mesma penitenciária no Rio Grande do Sul. Esse fato, somado à constatação de que a “sextorsão” é uma prática reiterada por grupos criminosos gaúchos, corrobora a tese de uma associação criminosa organizada para a prática desses delitos.
Ao final da apuração, houve conclusão pelo indiciamento de sete pessoas pelos crimes de extorsão qualificada, associação criminosa e lavagem de capitais. Diante da gravidade dos crimes e da robustez das provas coletadas, a Polícia Civil de Santa Catarina requereu a prisão preventiva dos sete indiciados. O inquérito finalizado foi remetido ao Poder Judiciário.
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