Polícia Civil deflagra Operação “Pecado Capital” que investiga o crime de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas na Grande Florianópolis

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Combate às Drogas do Departamento de Investigação Criminal da Capital (DECOD/DIC da Capital), deflagrou, nesta terça-feira (11/11), uma megaoperação policial intitulada “Pecado Capital”, com o objetivo de desarticular uma sofisticada organização criminosa voltada à lavagem de capitais oriundos do tráfico de drogas na Grande Florianópolis.

A investigação, que se desenvolve há dois anos, identificou um núcleo financeiro responsável por criar diversas empresas de fachada e fictícias, utilizadas para dissimular valores oriundos do comércio ilícito de entorpecentes. Entre essas empresas, destacam-se casas de prostituição, que eram usadas para movimentar e ocultar grandes quantias de dinheiro do tráfico. O nome da operação — Pecado Capital — faz alusão direta à forma utilizada para lavar o capital criminoso, conectando o conceito de “pecado” à exploração de atividades ligadas ao prazer, como fachada para os ganhos ilícitos.

Ao todo, a operação alcança 17 investigados e 32 empresas, com o cumprimento de 91 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão preventiva, em seis estados da federação: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Goiás e Amazonas. Foi determinado ainda o bloqueio judicial de R$ 500 milhões em bens e a indisponibilidade de 28 imóveis, entre os quais se destacam duas fazendas no Estado do Amazonas, avaliadas em mais de R$ 100 milhões.

Até o momento foram presas seis pessoas, sendo uma em flagrante delito por tráfico de drogas. Foram apreendidas drogas, três armas de fogo, munições de vários calibres, oito veículos de luxo, dinheiro em espécie, dentre objetos pertinentes à apuração. Os mandados estão sendo cumpridos em Florianópolis, São José e Nova Trento.

A ação contou com o emprego de 170 policiais civis da Polícia Civil de Santa Catarina (DPGF, DPSUL, DPOL, CORE, COPC, DEIC, ACADEPOL e DGPC), além do apoio de 70 policiais civis de outros estados (PR, RS, AM, MT e GO),  totalizando um efetivo de 240 agentes envolvidos diretamente na execução da operação, o que demonstra a grandiosidade e o rigor técnico da atuação. Trata-se de uma repressão qualificada e de excelência da PCSC, voltada a atingir as camadas superiores da criminalidade, compostas por indivíduos que já não mantêm contato direto com a droga, mas se beneficiam dos lucros oriundos de sua comercialização, operando a estrutura financeira e patrimonial do tráfico.

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