A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu o último investigado por participação no crime de latrocínio que resultou na morte do Delegado Aposentado, José Tadeu Vargas dos Santos, de 66 anos. O preso foi localizado no início da tarde desta segunda-feira (30), em Içara, e capturado pelos policiais da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma e da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC). Havia Mandado de Prisão Preventiva expedido contra ele.
Com esta prisão do quinto indivíduo envolvido diretamente na prática do crime, o caso é dado por concluído pelo Delegado Yuri Miqueluzzi, à frente da investigação e responsável pela Divisão de Repressão a Roubos (DRR/DIC). O desfecho do Caso Delegado Vargas e todo o enredo da investigação foram apresentados em entrevista coletiva para a imprensa, com a participação também do Delegado Regional de Criciúma, Vitor Bianco Júnior.
Ao todo foram 25 dias de trabalho ininterrupto desde o dia 6 de janeiro deste ano, quando a vítima reagiu ao roubo ocorrido no bar em que estava naquela noite de sexta-feira, no bairro Capão Bonito, localidade do interior de Criciúma. “Foi um trabalho discreto de muita investigação para termos alcançado pleno sucesso, com a identificação de todos os envolvidos no latrocínio e de quem os ajudou e também a captura dos autores”, revelou Miqueluzzi.
Além desta prisão, dois outros homens foram presos em flagrante no dia seguinte ao fato, um adolescente apresentou-se na delegacia 11 dias depois e foi internado provisoriamente. O quinto investigado foi morto em confronto com a polícia, enquanto tentavam efetuar a prisão dele no dia 27, no interior do município de Cocal do Sul.
A investigação
A elucidação do crime de latrocínio que vitimou o Delegado Vargas foi complexa e envolveu diversas técnicas investigativas disponíveis à Polícia Civil e também o uso de múltiplos recursos operacionais, além do gerenciamento de grande quantidade de efetivo. Restou apurada a participação direta de cinco pessoas e um veículo. A intenção da ação criminosa era roubar uma caminhonete. “A caminhonete do Delegado Vargas estava estacionada na frente do bar e foi um chamariz. Não havia a intenção direcionada ao profissional de segurança pública, mas houve a reação da vítima e a troca de tiros que o atingiu”, descreveu Miqueluzzi.
O cumprimento de mandados de busca e apreensão no segundo dia após o crime rendeu farto material com informações a evoluir a investigação em maior velocidade.
Segundo o Delegado da DRR/DIC, Yuri Miqueluzzi, menos de 48 horas após o episódio, a investigação já conseguiu elucidar a autoria, com a identificação dos cinco envolvidos. A partir de então, o trabalho da Polícia Civil foi para localizar os três indivíduos que não tinham sido presos em flagrante. O adolescente de 17 anos também entregou na Delegacia duas armas de fogo: uma pistola calibre 380, de propriedade do Delegado Vargas, e outra usada no crime, calibre 7,65mm.
Os adultos apontados como autores do crime foram indiciados pelos crimes de latrocínio, associação criminosa e corrupção de menores. O adolescente apontado pelo ato infracional equiparado aos crimes de latrocínio e associação criminosa. Outras cinco pessoas foram também indiciadas pelo crime de favorecimento pessoal, por terem auxiliado na fuga e esconderijo dos investigados.
Todo o trabalho da Polícia Civil neste caso foi integrado entre a DIC Criciúma e as unidades especializadas da DEIC/PCSC: Delegacia de Roubos e Antissequestro (DRAS) e Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), envolvendo cerca de 120 policiais civis.
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